terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Metáfora, figura de palavra, variações e exemplos

 A metáfora é, assim como a metonímia, uma figura de palavras - isto é, o efeito se dá pelo jogo de palavras que se faz na frase.

A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas:
·  Buscava o coração do Brasil.
Ora, o Brasil não possui o órgão biológico em questão. Portanto, coração significa aí o centro vital, a essência, o âmago do país.
·  Achamos a chave do problema.
O problema não é nenhuma fechadura, mas para resolvê-lo (ou abri-lo) o elemento que se diz ter achado é tão necessário quanto uma chave para abrir uma porta.

A metáfora possui algumas variações:
Personificação
Atribuição de ações, qualidades ou sentimentos próprios do ser humano a seres inanimados.
·  Uma noite triste.
A noite em si é neutra no que toca a sentimentos. Somos nós que podemos lhe atribuir emoções.
·  O furacão rugia, expressando sua fúria.
Comparam-se aqui os sons do furacão aos rugidos de uma fera, bem como a sua intensidade à expressão de um sentimento humano ou animal, a fúria.
Hipérbole
É o exagero puro e simples.
·  Era louco por seu time.
Com isso, quer se dizer que o sujeito gostava demasiadamente, amava seu time, a ponto de perder a razão.
·  Rios de lágrimas, derramei por você.
Por mais que alguém chore, não foramará sequer um riacho...
Símbolo
É a metáfora que acontece quando o nome de um ser ou coisa concreta assume um valor convencional e abstrato.
·  A cruz pode enfrentar a espada.
Não se trata, naturalmente, de usar o crucifixo como arma... Quer-se dizer, por exemplo, que a religião cristã, simbolizada pela cruz, pode enfrentar a violência, simbolizada pela espada.
·  "E acreditam nas flores vencendo o canhão."
O verso de Geraldo Vandré tem sentido semelhante: as flores simbolizam a paz; o canhão, a guerra.
Sinestesia
É a figura em que se fundam as sensações visuais com auditivas, gustativas, olfativas, táteis. A figura dos sentidos.
·  O doce sabor da liberdade.
Enquanto abstração que é, a liberdade não tem sabor nem doce, nem salgado
·  Queria pintar a casa com uma cor quente.
Ninguém se queimará ao encostar numa parede vermelha, no entanto, por estar associada ao fogo, a cor transmite a sensação de calor. Por isso, pode ser chamada de "cor quente".
Catacrese
É uma variedade de metáfora natural da língua, de emprego corrente, que serve para suprir a inexistência de um nome específico para determinada coisa.
·  Nariz do avião, pé da mesa, boca da noite, dente de alho, embarcar no trem, etc.

Monólogo

Em teatro ou oratória, um monólogo é uma longa fala ou discurso pronunciado por uma única pessoa ou enunciador. O nome é composto pelos radicais gregos monos (um) + logos (palavra, ou ideia), por oposição a dia (dois, ou através de) + logos.
Monólogo é a forma do discurso em que o personagem extravasa de maneira razoavelmente ordenada seus pensamentos e emoções, sem dirigir-se a um ouvinte específico.
No Monólogo é comum que os atores rebusquem pensamentos profundos psicologicamente, expondo ideias que podem até transparecer que há mais de um ator em cena, mas que no real exijam somente uma pessoa durante a cena. Enfim, monólogo está associado a um conflito psicológico que não necessariamente é individual.
  • É comum em teatro, desenhos animados, e filmes.
  • A palavra pode também ser aplicada a um poema no formato de pensamentos ou discurso individual.
  • Monólogos também são comuns em óperas, quando uma ária, recitação ou outra se(c)ção cantada, tem uma função similar a um monólogo falado numa peça teatral.
  • Monólogos são habitualmente encontrados na literatura de ficção do século XX.
  • Monólogos cômicos tornaram-se um elemento padrão em programas de entretenimento no palco ou televisão.
Há dois tipos básicos de monólogos no teatro:
Monólogo exterior: Quando o ator fala para outra pessoa que não está no palco ou para a audiência.
Monólogo interior: É um discurso não pronunciado em que o narrador expõe questões de cunho introspectivo, revelando motivações interiores. Pode ser direto ou indireto, quando narrado em primeira ou terceira pessoa, respectivamente. Ao contrário do monólogo interior, o solilóquio é um discurso pronunciado, tendo assim a necessidade de ser mais bem estruturado e articulado que o monólogo interior.
Mais resumidamente, um monólogo é a expressão própria de um autor sobre um texto na atualidade.
Monologo pode ser também um dito popular, quando duas pessoas estão conversando, e uma so cita ela mesma em toda a conversa

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