quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PREFIXO, RADICAL E SUFIXO/VERBO E MODOS DO VERBO/TIPOS DE SUJEITO/ LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL/ ACENTO DIFERENCIAL/ PRONOMES EU E MIM / HOMÔNIMOS E TIPOS DE HOMÔNIMOS

1.
Prefixo
 Radical
Sufixo
veloc
idade

ante
ontem

an
Alfab(eto)
etização
pré
escrever

mal
dizer
lhe
a
corda
do
ar
mar
io
em
povo
amento
re
pet
ição
i
legal
idade

2.  Verbo é: Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu 
estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: 
Estuda agora, menino.

3.  Sujeito simples e composto

Dependendo do núcleo, o sujeito pode ser simples ou composto. É simples quando possui um só núcleo. Como em: “Uma vaca vivia pastando à vista de todos”. Pode ser composto, quando possui mais de um núcleo. Como em: “Bois, vacas e cabritos andavam misturados.” É possível perceber que no sujeito simples “vaca” é o núcleo, já no sujeito composto, os núcleos são: bois, vacas e cabritos.
Sujeito elíptico, oculto, subentendido ou desinencial
Às vezes, por questões estilísticas ou até mesmo por questão de precisão o sujeito simples não aparece expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência verbal. Como no exemplo: (Eu) estive com você ontem pela manhã. Ou então em: (Nós) comemos muito. Esse tipo de sujeito também é conhecido como oculto, desinencial ou implícito na desinência verbal.
Sujeito determinado e indeterminado
Em relação à possibilidade de ser identificado ou não, o sujeito pode ser determinado ou indeterminado. Assim, o sujeito é determinado quando é possível reconhecer gramaticalmente o sujeito da oração; é o que ocorre com o sujeito simples e o sujeito composto vistos anteriormente. Mesmo o sujeito implícito na desinência verbal é um sujeito determinado. O sujeito é indeterminado quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou não se quer) identificar. Como por exemplo:
(?) Falaram muito bem de você na reunião de ontem.
(?) Acredita-se na existência de vida fora do planeta de Terra.
É importante destacar que, quando o sujeito é representado por um pronome substantivo indefinido, não devemos classificá-lo como indeterminado, mas como sujeito simples (portanto, determinado):
Alguém pegou meu caderno.
Algo acontece no bairro.
Podemos observar que “Alguém” e “Algo” são pronomes substantivos indefinidos.
O sujeito será indeterminado nas seguintes situações:
Quando o verbo estiver na terceira pessoa do plural e não há sujeito expresso na oração nem é possível identificá-lo pelo contexto. Temos como exemplo: (?) telefonaram para você.
Quando o verbo estiver na terceira pessoa do singular, seguido de índice de indeterminação do sujeito "se". Temos como exemplo:
(?) precisa-se de empacotadores ou anda
(?) acredita-se na existência de vida extraterrestre.
Vale lembrar que a palavra "se" pode desempenhar várias funções na oração. É fundamental perceber que, quando ocorre apassivador "se", não temos caso de sujeito indeterminado, mas de sujeito determinado, expresso na oração, com verbo na voz passiva sintética. Como em:
Quebrou-se a vidraça – A vidraça foi quebrada.
No caso se é um pronome apassivador, já que quem quebra, quebra alguma coisa.
Oração sem sujeito
Temos a oração sem sujeito quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre com os verbos impessoais, a saber:
Verbos que exprimem fenômenos naturais (chover, anoitecer, relampejar, nevar, trovejar, amanhecer e etc.).
Choveu muito no Rio de Janeiro.
Anoitece mais tarde hoje.
É importante lembrar que, se o verbo exprimir fenômeno natural em sentido figurado, haverá sujeito. Como no exemplo:
Choveram reclamações contra aquela marca. (Reclamações é o sujeito).
Os verbos fazer, ser, estar na indicação de tempo cronológico ou clima.
Faz dois anos que ele saiu.
É uma hora.
O verbo haver no sentido de existir ou indicando tempo transcorrido.
Havia cinco alunos naquela sala.
 dois meses não converso com meus colegas.
O verbo existir não é impessoal. Logo, ele possuirá sujeito expresso na oração, concordando normalmente com ele.
Existiam quatro pessoas interessadas na vaga → “quatro pessoas interessadas na vaga”, é portanto, o sujeito da oração.
Os verbos impessoais e a questão da concordância
Os verbos impessoais (com exceção do verbo ser) devem ficar sempre na terceira pessoa do singular. Logo, na linguagem culta e na norma padrão, devemos sempre dizer:
Havia muitos carros na rua.
Faz cincos anos.
Inclusive, é válido destacar que, quando um verbo auxiliar se junta com um verbo impessoal, esse também deve ficar no modo singular:
Pode haver muitos carros na rua
Vai fazer cinco anos.
4.  Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal
O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.

   Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).
 Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.

  Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.

Imagem indicativa de “silêncio”.

  Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. 
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
5. Acento Diferencial
   Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para diferenciar palavras homógrafas (de mesma grafia). Veja:
a) pôde / pode
Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do presente do indicativo.Exemplos:
O ladrão pôde fugir.
O ladrão pode fugir.
b) pôr / por
Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:
Você deve pôr o livro aqui.
Não vá por aí!

Saiba que:
Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo em ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo), cada elemento deve ser considerado como uma palavra independente. Observe:
jogá-lo
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)

jogá-lo-íamos
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
íamos = proparoxítona (portanto, com acento)

Acento Grave
O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição "a" com os artigos a, as e com os demonstrativos  a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, àquele(s), àquela(s), àquilo. Veja mais sobre este assunto em Sintaxe -> Emprego da Crase.
Ortoépia ou Ortoepia
A palavra ortoépia se origina da união dos  termos gregos orthos, que significa "correto" e hépos, que significa "palavra". Assim, a ortoépia se ocupa da correta produção oral das palavras.
Preceitos:
1) A perfeita emissão de vogais e grupos vocálicos, enunciando-os com   nitidez, sem acrescentar nem omitir  ou alterar fonemas, respeitando o timbre (aberto ou fechado) das vogais tônicas, tudo de acordo com as normas da fala culta.
2) A articulação correta e nítida dos fonemas consonantais.
3) A correta e adequada ligação das palavras na frase.
  Veja a seguir alguns casos frequentes de pronúncias corretas e errôneas, de acordo com o padrão culto da língua portuguesa no Brasil.

CORRETAS
ERRÔNEAS
adivinhar
advinhar
advogado
adevogado
apropriado
apropiado
aterrissar
aterrisar
bandeja
bandeija
bochecha
buchecha
boteco
buteco
braguilha
barguilha
bueiro
boeiro
cabeleireiro
cabelereiro
caranguejo
carangueijo
eletricista
eletrecista
empecilho
impecilho
estupro, estuprador
estrupo, estrupador
fragrância
fragância
frustrado
frustado
lagartixa
largatixa
lagarto
largato
mendigo
mendingo
meteorologia
metereologia
mortadela
mortandela
murchar
muchar
paralelepípedos
paralepípedos
pneu
peneu
prazerosamente
prazeirosamente
privilégio
previlégio
problemas
poblemas ou pobremas
próprio
própio
proprietário
propietário
psicologia, psicólogo
pissicologia, pissicólogo
salsicha
salchicha
sobrancelha
sombrancelha
superstição
supertição
Em muitas palavras há incerteza, divergência quanto ao timbre de vogais tônicas /e/ e /o/. Recomenda-se proferir:
Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho (feixe, conjunto), suor.

Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse (substantivo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas, molho (caldo), poça, torpe.
Prosódia
   A prosódia ocupa-se da correta emissão de palavras quanto à posição da sílaba tônica, segundo as normas da língua culta. Existe uma série de vocábulos que, ao serem proferidos, acabam tendo o acento prosódico deslocado. Ao erro prosódico dá-se  o nome de silabada. Observe os exemplos.
1) São oxítonas:
condor
novel
ureter
mister
Nobel
ruim

2) São paroxítonas:
austero
ciclope
Madagáscar
recorde
caracteres
filantropo
pudico(dí)
rubrica

3) São proparoxítonas:
aerólito
lêvedo
quadrúmano
alcíone
munícipe
trânsfuga

   Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo na língua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronúncia dada é a mais utilizada na língua atual.
acrobata - acróbata
réptil - reptil
Bálcãs - Balcãs
xerox - xérox
projétil - projetil
zangão - zângão

6. Para mim ou para eu

As duas hipóteses existem na língua portuguesa e estão corretas. Contudo, devem ser usadas em situações diferentes. A expressão para eu deverá ser usada quando assume a função de sujeito. A expressão para mim deverá ser usada quando assume a função de objeto indireto.

Sendo eu um pronome pessoal reto e mim um pronome pessoal oblíquo tônico, as regras de utilização de para eu e para mim seguem as regras de utilização dos pronomes pessoais retos e dos pronomes pessoais oblíquos tônicos.

Para eu

Pronomes pessoais retos:
Eu – 1ª pessoa do singular
Tu – 2ª pessoa do singular
Ele, ela – 3ª pessoa do singular
Nós – 1ª pessoa do plural
Vós – 2ª pessoa do plural
Eles, elas - 3ª pessoa do plural

Os pronomes pessoais retos devem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de sujeito. Assim, a expressão para eu deverá ser usada quando assume a função de sujeito, sendo seguida de uma ação, ou seja, de um verbo no infinitivo.

Exemplos:
·         Veja se tem algum erro para eu corrigir.
·         Para eu fazer isso, vou precisar da tua ajuda.
·         Façam silêncio para eu telefonar para este cliente.

Para mim

Pronomes pessoais oblíquos tônicos:
Mim, comigo – 1ª pessoa do singular
Ti, contigo – 2ª pessoa do singular
Ele, ela, si – 3ª pessoa do singular
Nós, conosco – 1ª pessoa do plural
Vós, convosco – 2ª pessoa do plural
Eles, elas, si - 3ª pessoa do plural

Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são sempre precedidos de uma preposição e devem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto indireto. Assim, a expressão para mim deverá ser usada quando assume a função de objeto indireto.

Exemplos:
·         Você comprou este caderno para mim?
·         Esse pijama é para mim e não para minha irmã.
·         Vocês podem fazer isso para mim?
7.
Homônimos
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:
acender (colocar fogo)
ascender (subir)
acento (sinal gráfico)
assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar)
asserto (afirmação)
apreçar (ajustar o preço)
apressar (tornar rápido)
bucheiro (tripeiro)
buxeiro (pequeno arbusto)
bucho (estômago)
buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais)
cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego)
segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto)
sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento)
senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente)
séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro)
serração (ato de serrar)
cerrar (fechar)
serrar (cortar)
cervo (veado)
servo (criado)
chá (bebida)
xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento)
xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela)
sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar)
sito (situado)
concertar (ajustar, combinar)
consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical)
conserto (reparo)
coser (costurar)
cozer (cozinhar)
esotérico (secreto)
exotérico (que se expõe em público)
espectador (aquele que assiste)
expectador (aquele que tem esperança, que espera)
esperto (perspicaz)
experto (experiente, perito)
espiar (observar)
expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar)
expirar (terminar)
estático (imóvel)
extático (admirado)
esterno (osso do peito)
externo (exterior)
estrato (camada)
extrato (o que se extrai de algo)
estremar (demarcar)
extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso)
inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante)
insipiente (ignorante)
laço (nó)
lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho)
russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno)
taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a)
taxar (fixar taxa)
Homônimos Perfeitos
Possuem a mesma grafia e o mesmo som.
Por Exemplo:
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)
Atenção:
Existem algumas palavras  que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos.Observe os exemplos:
almoço (substantivo, nome da refeição)
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)

gosto (substantivo)
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
8.

Homonímia

A homonímia se caracteriza como o fenômeno no qual as palavras têm significados e funções diferentes, porém possuem a mesma estrutura fonológica, os mesmos fonemas e a mesma acentuação. Graças ao papel do contexto, é possível que a homonímia exista sem prejuízos para a comunicação, pelo fato de o contexto ser capaz de dar o sentido correto às palavras em que ocorre o fenômeno.
Os homônimos dividem-se em três tipos:

Homógrafas: Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia

Exemplos:
a. este (pronome), este (ponto cardeal)
b. governo (substantivo), governo (verbo)

Homófonas: Iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita e no significado.

Exemplos:
a. cheque (ordem de pagamento), xeque (lance de xadrez)
b. viagem (substantivo), viajem (flexão do verbo viajar)

Homônimos perfeitos: Iguais na escrita e na pronúncia.

Exemplos:
a. verão (flexão do verbo ver), verão (substantivo)

b. banco (instituição financeira), banco (assento)

Tipos de discursos/ Discurso Poético

Tipos de Discursos Discurso  é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim, todo discurso é uma pr...