segunda-feira, 19 de março de 2018

Tipos de discursos/ Discurso Poético


Tipos de Discursos

Discurso é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim, todo discurso é uma prática social. A análise de um discurso deve, portanto, considerar o contexto em que se encontra, assim como as personagens e as condições de produção do texto.
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso: o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre. Não necessariamente estes três discursos estão separados, eles podem aparecer juntos em um texto. Dependerá de quem o produziu.
Vejamos cada um deles:
Discurso Direto: Neste tipo de discurso as personagens ganham voz. É o que ocorre normalmente em diálogos. Isso permite que traços da fala e da personalidade das personagens sejam destacados e expostos no texto. O discurso direto reproduz fielmente as falas das personagens. Verbos como dizer, falar, perguntar, entre outros, servem para que as falas das personagens sejam introduzidas e elas ganhem vida, como em uma peça teatral.
Travessões, dois pontos, aspas e exclamações são muito comuns durante a reprodução das falas.
Ex.
“O Guaxinim está inquieto, mexe dum lado pra outro. Eis que suspira lá na língua dele - Chente! que vida dura esta de guaxinim do banhado!...”
“- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!”
Discurso Indireto: O narrador conta a história e reproduz fala, e reações das personagens. É escrito normalmente em terceira pessoa. Nesse caso, o narrador se utiliza de palavras suas para reproduzir aquilo que foi dito pela personagem.
Ex.
“Elisiário confessou que estava com sono.” (Machado de Assis)
“Fora preso pela manhã, logo ao erguer-se da cama, e, pelo cálculo aproximado do tempo, pois estava sem relógio e mesmo se o tivesse não poderia consultá-la à fraca luz da masmorra, imaginava podiam ser onze horas.” (Lima Barreto)
Discurso Indireto Livre: O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta a história, mas as personagens têm voz própria, de acordo com a necessidade do autor de fazê-lo. Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de discurso e as duas vozes se fundem.
Ex.
“Que vontade de voar lhe veio agora! Correu outra vez com a respiração presa. Já nem podia mais. Estava desanimado. Que pena! Houve um momento em que esteve quase... quase!”
“Retirou as asas e estraçalhou-a. Só tinham beleza. Entretanto, qualquer urubu... que raiva...” (Ana Maria Machado)
“D. Aurora sacudiu a cabeça e afastou o juízo temerário. Para que estar catando defeitos no próximo? Eram todos irmãos. Irmãos.” (Graciliano Ramos)
FONTE:
Celso Cunha in Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição
Elementos-chave do discurso poético
http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/logger/p.gif?a=1.748383&d=/2.187/2.188/2.759/2.804
Ler a poesia de Liz Cavalcante é sentir uma intensa emoção sobre aquilo que talvez seja a razão de tudo: viver, amar e sentir saudades. É impressionante como uma pessoa da idade da Liz consegue passar, com tanta força interior, algo que só sabemos que existe porque sentimos - e que é, assim, muito difícil externar

É para isso, também, que existe o poeta: para mostrar, através da metáfora, o que está do outro lado das coisas; para iluminar o que é, para muitos, obscuro; e para mostrar, a outros, o que é impossível enxergar.

O caminho

Posfaciando outro livro de poemas (Caminhada, de Maria Nogueira Machado Arcanjo), desta feita para a comemoração dos 64 anos de luta com a palavra, tive a oportunidade de dizer que um poema é feito com sensibilidade e linguagem. Sensibilidade, para fazer o cirúrgico recorte do real e dele desvendar o que há de mais essencial: esta é a visão de todo grande poeta. E linguagem, porque somente com o trabalho diário com o discurso é que se consegue o efeito poético necessário a todo bom poema.

A recorrência

A essas mesmas reflexões faz-me chegar seu mais recente livro "Uma nova maneira de encarar a vida", ainda mais porque vejo nele a consolidação de seu lirismo, a concentrar-se, como antes em "De Liz para Liz", nos recônditos do eu, por meio de um discurso que visa a um mergulho no obscuro e pastoso universo da subjetividade, como, por exemplo, no poema "Crueldade", no qual o eu é, a rigor, metonímia da condição humana: (Texto I)

O desafio imagético

Agora, relendo poemas do livro "De Liz para Liz", encantei-me, mais ainda, com suas descobertas, e posso repetir e corroborar a palavra do nosso Mestre Imortal Genuino Sales, na orelha do livro. Diz ele: "Confesso que não foi apenas a idade da autora o que mais me comoveu. Comoveu-me, sobretudo, sua produção poética." E foi exatamente a representação poética dos textos da Liz que me despertou a sensibilidade do crítico, levando-me a palmilhar, concentrado, a terra fértil de sua expressão poética, os feixes de seu discurso.

Na composição "Poema e história", em que a reflexão sobre o próprio texto poético e o poder do imaginário é uma das temáticas mais trabalhadas pelos poetas canônicos, uma vez que estes são atraídos pelos mistérios da criação, pelas possibilidades múltiplas da construção textual, ela afirma: (Texto II)

Numa outra expressão de seu discurso poético, "Contraste", em que a memória involuntária é evocada a partir da neblina do mar, uma imagem visual das mais complexas de interpretar, em se tratando de hermenêutica literária, deparamos: (Texto III)

Já em "Loucura", em que a voz sensível do poeta e, sobretudo, a do ser humano brada por justiça social, a voz poemática se desloca do eu e parte ao encontro do outro: (Texto IV)

Imagens em si mesmas

O percurso da leitura encontra, ainda, simplesmente em versos soltos, verdadeiros achados poéticos, como em "Poesia, para mim, em que ser dureza" - aqui ela revela a sua luta constante e árdua com a palavra, além de dizê-la com certo humor, bem nos paradigmas do primeiro momento modernista brasileiro.

Há, porém, ainda nesse aspecto, um instante ímpar, presente no seguinte verso: "Amar é algo que se contorce". Em meu modo de ver, este é o verso mais bonito e significativo deste livro: Liz, aqui nos dá uma verdadeira lição de criação poética e linguística, nos moldes dos melhores poetas líricos de todos os tempos, em que o "contorcer-se" tanto evoca sentimentos como imagens plásticas, visualmente reconhecíveis pelos olhos e, essencialmente, pelo coração. E também exercendo o seu mais lídimo direito de sofrer, diz ela: "Sou qualquer coisa que dói e se parte como gelo, e se derrete".

Versos e dores

É por isso que ela sofre muito: isto também faz parte da natureza do poeta - sofrer intensamente, e convencer seus leitores de que eles também sofrem igualmente aquela dor. Fernando Pessoa, quem melhor disse isso, ficou imortalizado com sua famosa teoria do fingimento poético.

No caso de Liz, não se trata de teoria: talvez haja (e só quem pode dizer isso é ela) uma profunda correspondência entre a ficção e a realidade. Independente, porém, da confirmação ou contestação dessa verdade, o fato é que a poesia dela é muito viva por conta desses fatores. O seu sentir o mundo é muito verdadeiro, autêntico e profundo. Tal ocorre com muitos poetas que, de certa forma, lançam, na carne do poético, projeções de seus estados anímicos, ainda que tudo isso de imprima de modo inconsciente; em outros, tudo isso assume um tom confessional, é algo que lhes é familiar.

A impressão que se tem quando se lê os textos de Liz é que ela viveu, realisticamente, cada expressão que escreveu; cada vírgula que separa o texto da sua própria vida. Para quem vai ler, pela primeira vez, os seus textos (dela, Liz), é bom saber, antes de mais nada, que sofrimento, aqui, não é uma fator negativo; pelo contrário, é um ponto de vista, que focaliza o que há de mais autêntico no ser humano: a busca da essência das coisas - é, portanto, uma postura filosófica.

Sensações anímicas

A intensidade das emoções (aqui está a força maior da sua poesia, que muitas vezes aparece em forma de hipérboles e metáforas) lembra escritores que são referências: Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Gonçalves Dias, Drummond, et alii. Nesse livro Liz está ainda mais profunda; ainda foi mais fundo no poço abissal dos questionamentos do ser humano. Os poemas deste livro são mais longos, o que não só indica que ela tem aprofundado determinados conceitos, mas que, por conta disso, creio, tem sofrido mais, também. Liz mudou a estrutura dos seus textos, mas permaneceu fiel à retórica maior da sua poesia: experimentar intensamente tudo o que por ela passa, para poder, talvez, viver melhor neste mundo meio ininteligível e desarrazoado.

PAULO DE TARSO PARDAL
COLABORADOR*
* Poeta e ensaísta

A tessitura da poesia e a sua leitura

A poesia, enquanto construção de um discurso, (pouco importa os rumos por que se oriente, se obscuros ou mais nítidos caminhos) visa, sobretudo, a um encontro com o ser. E, nesse sentido, volta-se, essencialmente, para a construção de uma ponte que abre a passagem para o encontro de dois territórios: um se encontro no país daquele que escreve; outro, no daquele que o lê.

Nisso, antes de tudo, reside o que se pode classificar com espaço poético; ou seja, a expressão de uma subjetividade. O que é um poeta a não ser uma legião de outros que carrega em si com o grande peso do incorpóreo, do inefável, do que quanto mais se dissolve mais se consolida, e é indelével, inexorável e, ao mesmo tempo, iniludível? Não andava o poeta Antônio Girão Barroso com os bolsos carregados de poemas, assim como as árvores também curvam ao peso das frutas? Quantas vezes, poetas não desceram aos infernos para a colheita de um só verso?

Como se percebe, um livro é tão-somente depositário de uma voz, por que o poeta, na angústia do suor cotidiano ou no êxtase do silêncio, sente-se dominado. Ao expressá-la, com o carvão da letra, alimenta a espera de vê-la (a voz, agora, em carne) posta sobre outras vozes: a dos leitores.

A composição poética é, portanto, uma realização de que faz uso o criador, e o que realiza é uma natural consequência de determinadas emoções: "O leitor que encontra esse objeto reconhece seu valor com objeto estético observando o impacto que tem sobre suas próprias emoções quando o estuda de perto". (OLSEN. 1979. p. 51) Importa, e muito, que esses leitores não se resumam ao próprio poeta, no anonimato de sua simplicidade, como aquele sapo-cururu, posto por Manuel Bandeira à beira dum rio. ( BANDEIRA. 1997. p 159 )

Os poemas nascem para que possam circular, para que, num átimo, sejam descobertos por quem se encontra inebriado pela tristeza ou pela alegria, pelo que, ao mesmo tempo, é sofreguidão e abandono. O poeta, às vezes, nem sabe muito bem como escreveu determinado poema. Por que uma imagem e não outra? Mas qualquer leitor, diante de uma imagem, sempre poderá nela deparar um espelho do que desconhecia e, súbito, a ele foi revelado.

Trechos

TEXTO I
Somos cruéis porque temos mágoas
Somos cruéis porque nos
[desconhecemos
Somos cruéis porque isso nos move,
[nos faz sentir vivos
Mas o que seria da vida sem
[inimigos?
Escolhas malfeitas, sonhos
[repartidos,
E continuamos solitários no
[nosso ódio
É uma verdade particular
Onde alguns até compreendem.
Onde abrigar nossos sonhos
[destas noites frias?
[...]Quanta fome de si mesmo
Quanta necessidade de amar!
Do que tem medo, receio?
O céu ainda surge,
A vida continua,
Mas até quando?
O futuro me deixa assustada.
O que será de nós afinal?
E se o mundo se cansar
[de tanta negligência?
Estamos esgotados
Já não sabemos por que lutar.

TEXTO II
Todo poema e história não têm fim
Porque sim
E se você tá duvidando
Vou lhe explicar melhor:
Ele continua em minha imaginação

TEXTO III
Você é a minha memória
No maior esquecimento,
Você é a fome
Que me veio fortalecer a sede,
Você é o mar em neblina.

TEXTO IV
Vocês me deixam louco
Deveriam mudar o Brasil para melhor
Assim é pior
Porque vocês me deixam louco!
Vocês deveriam se preocupar
[com o outro
Vocês me deixam louco
Que droga de País é esse?!
O Brasil,
O Brasil.

Homônimos e Parônimos/ ortografia - Exercícios com Gabarito 9º ano

Homônimos e Parônimos/ ortografia - Exercícios com Gabarito 9º ano

Homonímia

A homonímia se caracteriza como o fenômeno no qual as palavras têm significados e funções diferentes, porém possuem a mesma estrutura fonológica, os mesmos fonemas e a mesma acentuação. Graças ao papel do contexto, é possível que a homonímia exista sem prejuízos para a comunicação, pelo fato de o contexto ser capaz de dar o sentido correto às palavras em que ocorre o fenômeno.
Os homônimos dividem-se em três tipos:

Homógrafas: Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia

Exemplos:
a. este (pronome), este (ponto cardeal)
b. governo (substantivo), governo (verbo)

Homófonas: Iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita e no significado.

Exemplos:
a. cheque (ordem de pagamento), xeque (lance de xadrez)
b. viagem (substantivo), viajem (flexão do verbo viajar)

Homônimos perfeitos: Iguais na escrita e na pronúncia.

Exemplos:
a. verão (flexão do verbo ver), verão (substantivo)
b. banco (instituição financeira), banco (assento)

Paronímia

Caracteriza-se como um fenômeno no qual as palavras são parecidas na escrita, porém diferentes no significado, tendo radicais diferentes.
Confira exemplos de parônimos:
a. iminente (pendente, próximo para acontecer) e eminente (ilustre)
b. ratificar (confirmar) e retificar (corrigir)
Referência Bibliográfica:
CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. Companhia Editora Nacional. 695 p.
Arquivado em: LinguísticaPortuguês
                              



1. Marque a frase em que deve ser empregada a primeira das duas palavras que aparecem entre parênteses:

a) Essas hipóteses _________ das circunstâncias (emergem - imergem) ;
b) Nunca o encontro na _________ em que trabalha (sessão - seção);
c) Já era decorrido um _______ que ela havia partido, (lustre - lustro);
d) O prazo já estava _______ ( proscrito - prescrito );

e) O fato passou completamente ________ (desapercebido- despercebido).

2. Marque a frase que se completa com o segundo elemento do parênteses:

a) A recessão econômica do país faz com que muitos _________ (emigrem - imigrem);
b) Antes de ser promulgada, a Constituição já pedia muitos ________ (consertos - concertos);
c) A ditadura _________ muitos políticos de oposição; (caçou - cassou);
d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso em___________ (flagrante - fragrante);
e) O juiz _________ expulsou o atleta violento (incontinenti- incontinente).
3. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses:

a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas ________ (tachas-taxas);
b) Sílvio _________ na floresta para caçar macacos (imergiu-emergiu);
c) Para impedir a corrente de ar, Luís _______ a porta (cerrou-serrou);
d) Bonifácio ________ pelo buraco da fechadura (expiava-espiava);
e) Quando foi realizado o último ________ ? (censo - senso).

4. Marque a alternativa que se completa com o primeiro elemento do parênteses:

a) A polícia federal combate o _________ de cocaína (tráfego-tráfico);
b) No Brasil é vedada a ________ racial; embora haja quem a pratique (discriminação-descriminação);
c) Você precisa melhorar seu __________ de humor (censo-senso);
d) O presidente _________ antecipou a queda do muro de Berlim (ruço-russo);
e) O balão, tremeluzindo _________ para o céu estrelado (acendeu-ascendeu).

5. Em “o prefeito deferiu o requerimento do contribuinte”, o termo grifado poderia perfeitamente ser substituído por:

a) apreciou;
b) arquivou;
c) despachou favoravelmente;
d) invalidou;
e) despachou negativamente.

6. As ideias liberais saíram incólumes, ainda que se pensasse que seriam dilapidadas, completamente. Os termos grifados são antônimos, respectivamente de:

a) arrasadas - dilaceradas;
b) intactas - edificadas;
c) intactas - dilaceradas;
d) depauperadas - prestigiadas;
e) N.R.A.

7. Complete as lacunas com a expressão correta (entre parênteses):

“O _______ (cervo - servo) prendia-se nos arbustos, fugindo dos _______ (cartuchos - cartuxos) que pipocavam por toda a _______ (área - aria);

a) cervo – cartuxos – área;
b) servo – cartuchos – aria;
c) cervo – cartuchos – área;
d) servo – cartuchos – área;
e) servo – cartuchos – aria.

8. Complete as lacunas, com a expressão necessária, que consta nos parênteses:

É necessário ________ (cegar-segar) os galhos salientes do _______ (bucho-buxo), de modo a que se possa fazer _____ (xá-chá) com as folhas mais novas.”

a) segar – buxo – chá;
b) segar – bucho – xá;
c) cegar – buxo – xá;
d) cegar – bucha – chá;
e) segar – bucha – xá.

9. O __________ (emérito-imérito) causídico ____________ (dilatou-delatou) o plano de fuga do meliante, que se encontrava na __________(eminência-iminência) de escapar da prisão:

a) emérito – delatou – iminência;
b) imérito – dilatou – eminência;
c) emérito – dilatou – iminência;
d) imérito – delatou – iminência;
e) emérito – dilatou – eminência.



10. O ________ (extrato-estrato) da conta bancária é, por si só, insuficiente para cobrir o _________(cheque-xeque), ainda que haja algum capital (incerto-inserto).

a) extrato – xeque – inserto;
b) estrato – cheque – incerto;
c) extrato – cheque – inserto;
d) estrato – xeque – incerto;
e) extrato – xeque – incerto.

11. Complete as lacunas usando adequadamente (mas / mais / mal / mau):
“Pedro e João ____ entraram em casa, perceberam que as coisas não iam bem,pois sua irmã
caçula escolhera um ____ momento para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; _____ seus, dois irmãos deixaram os pais _____ sossegados quando disseram que a jovem iria com os primos e a tia.”

a) mau - mal - mais - mas;
b) mal - mal - mais - mais;
c) mal - mau - mas - mas;
d) mal - mau -mas - mais;
e) mau - mau - mas - mais.

12. Marque a alternativa que completa corretamente as lacunas:
“Estou ________ de que tais _______ deveriam ser _______ a bem da moralidade do serviço público.”

a) cônscio – privilégios – extintos;
b) côncio – privilégios – estintos;
c) cônscio – privilégios – estintos;
d) côncio – previlégios – estintos;
e) cônscio – previlégios – extintos.

13. Observe as orações seguintes:

I - Por que não apontas a vendedora por que foste ludibriado?
II - A secretária não informa por que linha, de ônibus chega-se ao escritório.
III - Por que será que o governo não divulga o porquê da inflação.

Há erro na grafia:
a) na I apenas;
b) em duas apenas;
c) na II apenas;
d) na III apenas;
e) em nenhuma.

14. Complete as lacunas com (estada / estadia /onde / aonde):
“_______ quer que eu me hospede, procuro logo saber o preço da _______, quanto custa a _______de um carro alugado, bem como _______ se possa ir à noite.”

a) aonde – estadia – estada – onde;
b) onde – estada – estadia – aonde;
c) onde – estadia – estada – aonde;
d) aonde – estada – estadia – onde;
e) onde – estadia – estadia – aonde.

15. Leia as frases abaixo:

1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas de humor.
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.

Escolha a alternativa que oferece a seqüência correta de vocábulos para as lacunas existentes:

a) concerto – há – a – cessões – há;
b) conserto – a – há – sessões – a;
c) concerto – a – há – seções – a;
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a .

16. Indique a alternativa que contém a seqüência necessária para completar as lacunas abaixo:
“A ______ de uma guerra nuclear provoca uma grande _______ na humanidade e a deixa _______com relação ao futuro da vida na terra.”

a) espectativa – tensão – exitante;
b) espectativa – tenção – hesitante;
c) expectativa – tensão – hesitante;
d) expectativa – tensão – hezitante;
e) espectativa – tenção – exitante.

17. Complete corretamente as lacunas:

“O _______ de veículos de grande porte, em vias urbanas, provoca ________ no trânsito; forçando a que os motoristas dos carros menores ________,muitas delas, completamente sem _________ ;

a) tráfico – infrações – inflijam – concerto;
b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;
c) tráfego – inflações – infrinjam – conserto;
d) tráfego – infrações – infrações – conserto;
e) tráfico – infrações – infrações – concerto.

Gabarito 

1.
a) Essas hipóteses  emergem das circunstâncias (emergem - imergem) ; 
b) Nunca o encontro na seção em que trabalha (sessão - seção);
c) Já era decorrido um  lustro  que ela havia partido, (lustre - lustro);
d) O prazo já estava prescrito (proscrito - prescrito);
e) O fato passou completamente  despercebido  (desapercebido- despercebido).

2.
a) A recessão econômica do país faz com que muitos  emigrem (emigrem - imigrem);
b) Antes de ser promulgada, a Constituição já pedia muitos  consertos  (consertos - concertos);
c) A ditadura cassou  muitos políticos de oposição; (caçou - cassou); 
d) Ao sair do barco, o assaltante foi preso em flagrante (flagrante - fragrante);
e) O juiz  incontinenti  expulsou o atleta violento (incontinenti- incontinente). 

3. Marque a alternativa que se completa corretamente com o segundo elemento do parênteses:

a) O sapato velho foi restaurado com a aplicação de algumas  tachas  (tachas-taxas); tachas
b) Sílvio imergiu na floresta para caçar macacos (imergiu-emergiu);
c) Para impedir a corrente de ar, Luís cerrou a porta (cerrou-serrou);
d) Bonifácio espiava  pelo buraco da fechadura (expiava-espiava); 
e) Quando foi realizado o último censo ? (censo - senso). 


4. Marque a alternativa que se completa com o primeiro elemento do parênteses:

a) A polícia federal combate o tráfico de cocaína (tráfego-tráfico);
b) No Brasil é vedada a discriminação racial; embora haja quem a pratique (discriminação-descriminação);
c) Você precisa melhorar seu senso  de humor (censo-senso);
d) O presidente russo  antecipou a queda do muro de Berlim (ruço-russo); russo
e) O balão, tremeluzindo ascendeu  para o céu estrelado (ascendeu -acendeu).


5
. c) despachou favoravelmente;

6. c) intactas - dilaceradas;

7. c) cervo – cartuchos – área;

8.  a) segar – buxo – chá;

9.  a) emérito – delatou – iminência;

10. c) extrato – cheque – inserto;

11. d) mal - mau -mas - mais;

12.  a) cônscio – privilégios – extintos;

13. e) em nenhuma.

14. d) aonde – estada – estadia – onde;

15.  d) concerto – a – há – sessões – há;

16.  c) expectativa – tensão – hesitante;


17.  b) tráfego – infrações – inflijam – conserto;

ORTOGRAFIA

Dezenas de exercícios de ortografia

Ortografia é o conjunto de regras estabelecidas pela gramática normativa para a grafia correta das palavras e o uso de acentos, da crase e dos sinais de pontuação. A origem da palavra é grega e significa -orthós = certo, correto, direito, exato; e -grafia = escrita, estabelecendo, portanto, padrões para a forma escrita correta das palavras de uma língua.
escrita correta das palavras de uma língua está relacionada tanto com critérios ligados à origem das palavras (etimológicos) quanto aos ligados aos fonemas(fonológicos). A forma de grafar/escrever as palavras é fruto de uma convenção social, ou seja, de acordos ortográficos que envolvem os diversos países em que uma língua é reconhecida como sendo idioma oficial.
Acordos ortográficos da Língua Portuguesa
Quando falamos sobre ortografia, é preciso também refletirmos a respeito dos acordos ortográficos envolvendo países cuja língua portuguesa representa o idioma oficial. O primeiro acordo foi realizado em 1931 com o objetivo de promover a unificação dos dois sistemas ortográficos, entretanto, não obteve êxito. No Brasil, houve reformas ortográficas nos anos de 1943, 1945, 1971 e 1973. Em 1986, no Rio de Janeiro, houve um encontro de todos os representantes dos países lusófonos, ficando estabelecido o acordo ortográfico de 1986, mas também foi inviabilizado.
último acordo ortográfico entre os países lusófonos entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2009. Esse acordo legitimou outra reforma ortográfica, estabelecendo mudanças em diferentes aspectos, como a inclusão das letras “K”, “W” e “Y” ao alfabeto português oficial.
Dicionário
Para que os falantes possam acessar a grafia correta das palavras de uma língua, basta recorrer ao dicionário, um livro que reúne todas (ou quase todas) as palavras da língua, seus significados e classificação gramatical. As palavras são apresentadas no dicionário em ordem alfabética. Alguns dicionários também foram criados para a tradução de uma língua para outra.
A assimilação da ortografia de uma língua, independentemente se esta é materna ou não, ocorre de maneira gradativa, constante e ininterrupta. É consenso de muitos estudiosos e profissionais da linguagem que a aprendizagem da ortografia de qualquer língua depende de muita leituraescritaobservação e dedicação dos falantes, já que a língua é um sistema complexo e de extrema relevância para a interação verbalentre os sujeitos.

Por Ma. Luciana Kuchenbecker Araújo
Assinale a alternativa em que todos os vocábulos estejam grafados corretamente:
01)   Xou CH:
a)   xingar, xisto, enxaqueca
b)   mochila, flexa, mexilhão
c)   cachumba, mecha, enchurrada
d)   encharcado, echertado, enxotado
02)   Eou I:
a)   femenino, sequer, periquito
b)   impecilho, mimeógrafo, digladiar
c)   intimorato, discrição privilégio
d)   penico, despêndio , selvícola
03)   Sou Z:
a)   ananás, logaz, vorás, lilaz
b)   maciez, altivez, pequenez, tez
c)   clareza, duqueza, princesa, rez
d)   guizo, granizo siso, rizo
04)   G ou J:
a)   sarjeta, argila
b)   pajem, monje
c)   tigela lage
d)  gesto, geito
05)   SS, C, Ç:
a)   massiço, sucinto
b)   à beça, craço
c)   procissão, pretencioso
d)   assessoria, possessão
06)   O ou U:
a)   muela, bulir, taboada
b)   borbulhar, mágoa, regurgitar
c)   cortume, goela, tabuleta
d)   entupir, tussir, polir
07)   Sou Z:
a)   rês, extaziar
b)   ourivez, cutizar
c)   bazar, azia
d)   induzir, tranzir
08)   Xou CH:
a)   michórdia, ancho
b)   archote, faxada
c)   tocha, coxilo
d)   xenofobia, chilique
9)   SS ou Ç:
a)   endosso, alvíssaras, grassar
b)   lassidão, palissada, massapê
c)   chalassa, escasso, massarico
d)   arruassa, obsessão, sossobrar
10)   Xou CH:
a)   chafariz, pixe pecha
b)   xeque, salsixa, esquixo
c)   xuxu, puxar, coxixar
d)   muxoxo, chispa, xangô
11)   G ou J:
a)   agiota, beringela, canjica
b)  jeito, algibeira, tigela
c)   estranjeiro, gorjeito, jibóia
d)   enjeitar, magestade, gíria
12)   Xou CH:
a)   flexa, bexiga, enxarcar
b)   mexerico, bruxelear, chilique
c)   faixa, xalé, chaminé
d)   charque, chachim, caximbo
13)   S ou Z:
a)   aridez, pesquizar, catalizar
b)   abalizado, escassez, clareza
c)   esperteza, hipnotisar, deslise
d)   atroz, obuz, paralização
14)   G ou J:
a)   monje tijela lojista ultraje
b)   anjinho, rijidez, angina jia
c)   herege, frege, pajé, jerimum
d)   rabujento, rigeza, goló, jesto
15)  Ortografia:
a)   ascensão, expontâneo, privilégio
b)   encher, enxame, froucho richa
c)   berinjela, traje, vagem, azia
d)   cincoenta, catorze, aziago, asa
16)   S, SS,Ç,C,SC:
a)   assédio, discente, suscinto
b)   oscilar, mesce, néscio, lascivo
c)   víscera, fascinar, discernir
d)   ascenção, ressuscitar, suscitar
17)  S ou Z:
a)  atrazo, paralizar, reprezália
b)  balisa, bazar, aprazível, frizo
c)  apoteoze, briza, gaze, griz
d)  espezinhar, cerzir, proeza, paz
Respostas dos exercícios sobre Ortografia:

01. A, 02. C, 03. B, 04. A, 05. D, 06. B, 07. C, 08. D, 09. A, 10. D, 11. B, 12. B, 13. B, 14. C, 15. C, 16. C, 17. D

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

PREFIXO, RADICAL E SUFIXO/VERBO E MODOS DO VERBO/TIPOS DE SUJEITO/ LINGUAGEM VERBAL E NÃO-VERBAL/ ACENTO DIFERENCIAL/ PRONOMES EU E MIM / HOMÔNIMOS E TIPOS DE HOMÔNIMOS

1.
Prefixo
 Radical
Sufixo
veloc
idade

ante
ontem

an
Alfab(eto)
etização
pré
escrever

mal
dizer
lhe
a
corda
do
ar
mar
io
em
povo
amento
re
pet
ição
i
legal
idade

2.  Verbo é: Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos:
ação (correr);
estado (ficar);
fenômeno (chover);
ocorrência (nascer);
desejo (querer).
O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem.
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade. Por exemplo: Eu sempre estudo.
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade. Por exemplo: Talvez eu 
estude amanhã.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido. Por exemplo: 
Estuda agora, menino.

3.  Sujeito simples e composto

Dependendo do núcleo, o sujeito pode ser simples ou composto. É simples quando possui um só núcleo. Como em: “Uma vaca vivia pastando à vista de todos”. Pode ser composto, quando possui mais de um núcleo. Como em: “Bois, vacas e cabritos andavam misturados.” É possível perceber que no sujeito simples “vaca” é o núcleo, já no sujeito composto, os núcleos são: bois, vacas e cabritos.
Sujeito elíptico, oculto, subentendido ou desinencial
Às vezes, por questões estilísticas ou até mesmo por questão de precisão o sujeito simples não aparece expresso na oração, mas pode ser facilmente identificado pela desinência verbal. Como no exemplo: (Eu) estive com você ontem pela manhã. Ou então em: (Nós) comemos muito. Esse tipo de sujeito também é conhecido como oculto, desinencial ou implícito na desinência verbal.
Sujeito determinado e indeterminado
Em relação à possibilidade de ser identificado ou não, o sujeito pode ser determinado ou indeterminado. Assim, o sujeito é determinado quando é possível reconhecer gramaticalmente o sujeito da oração; é o que ocorre com o sujeito simples e o sujeito composto vistos anteriormente. Mesmo o sujeito implícito na desinência verbal é um sujeito determinado. O sujeito é indeterminado quando a informação contida no predicado refere-se a um elemento que não se pode (ou não se quer) identificar. Como por exemplo:
(?) Falaram muito bem de você na reunião de ontem.
(?) Acredita-se na existência de vida fora do planeta de Terra.
É importante destacar que, quando o sujeito é representado por um pronome substantivo indefinido, não devemos classificá-lo como indeterminado, mas como sujeito simples (portanto, determinado):
Alguém pegou meu caderno.
Algo acontece no bairro.
Podemos observar que “Alguém” e “Algo” são pronomes substantivos indefinidos.
O sujeito será indeterminado nas seguintes situações:
Quando o verbo estiver na terceira pessoa do plural e não há sujeito expresso na oração nem é possível identificá-lo pelo contexto. Temos como exemplo: (?) telefonaram para você.
Quando o verbo estiver na terceira pessoa do singular, seguido de índice de indeterminação do sujeito "se". Temos como exemplo:
(?) precisa-se de empacotadores ou anda
(?) acredita-se na existência de vida extraterrestre.
Vale lembrar que a palavra "se" pode desempenhar várias funções na oração. É fundamental perceber que, quando ocorre apassivador "se", não temos caso de sujeito indeterminado, mas de sujeito determinado, expresso na oração, com verbo na voz passiva sintética. Como em:
Quebrou-se a vidraça – A vidraça foi quebrada.
No caso se é um pronome apassivador, já que quem quebra, quebra alguma coisa.
Oração sem sujeito
Temos a oração sem sujeito quando a informação veiculada pelo predicado não se refere a sujeito algum. Ocorre com os verbos impessoais, a saber:
Verbos que exprimem fenômenos naturais (chover, anoitecer, relampejar, nevar, trovejar, amanhecer e etc.).
Choveu muito no Rio de Janeiro.
Anoitece mais tarde hoje.
É importante lembrar que, se o verbo exprimir fenômeno natural em sentido figurado, haverá sujeito. Como no exemplo:
Choveram reclamações contra aquela marca. (Reclamações é o sujeito).
Os verbos fazer, ser, estar na indicação de tempo cronológico ou clima.
Faz dois anos que ele saiu.
É uma hora.
O verbo haver no sentido de existir ou indicando tempo transcorrido.
Havia cinco alunos naquela sala.
 dois meses não converso com meus colegas.
O verbo existir não é impessoal. Logo, ele possuirá sujeito expresso na oração, concordando normalmente com ele.
Existiam quatro pessoas interessadas na vaga → “quatro pessoas interessadas na vaga”, é portanto, o sujeito da oração.
Os verbos impessoais e a questão da concordância
Os verbos impessoais (com exceção do verbo ser) devem ficar sempre na terceira pessoa do singular. Logo, na linguagem culta e na norma padrão, devemos sempre dizer:
Havia muitos carros na rua.
Faz cincos anos.
Inclusive, é válido destacar que, quando um verbo auxiliar se junta com um verbo impessoal, esse também deve ficar no modo singular:
Pode haver muitos carros na rua
Vai fazer cinco anos.
4.  Linguagem Verbal e Linguagem Não-Verbal
O que é linguagem? É o uso da língua como forma de expressão e comunicação entre as pessoas. Agora, a linguagem não é somente um conjunto de palavras faladas ou escritas, mas também de gestos e imagens. Afinal, não nos comunicamos apenas pela fala ou escrita, não é verdade?

Então, a linguagem pode ser verbalizada, e daí vem a analogia ao verbo. Você já tentou se pronunciar sem utilizar o verbo? Se não, tente, e verá que é impossível se ter algo fundamentado e coerente! Assim, a linguagem verbal é que se utiliza de palavras quando se fala ou quando se escreve.

A linguagem pode ser não verbal, ao contrário da verbal, não se utiliza do vocábulo, das palavras para se comunicar. O objetivo, neste caso, não é de expor verbalmente o que se quer dizer ou o que se está pensando, mas se utilizar de outros meios comunicativos, como: placas, figuras, gestos, objetos, cores, ou seja, dos signos visuais.

Vejamos: um texto narrativo, uma carta, o diálogo, uma entrevista, uma reportagem no jornal escrito ou televisionado, um bilhete? Linguagem verbal!

Agora: o semáforo, o apito do juiz numa partida de futebol, o cartão vermelho, o cartão amarelo, uma dança, o aviso de “não fume” ou de “silêncio”, o bocejo, a identificação de “feminino” e “masculino” através de figuras na porta do banheiro, as placas de trânsito? Linguagem não verbal!

A linguagem pode ser ainda verbal e não verbal ao mesmo tempo, como nos casos das charges, cartoons e anúncios publicitários.

Observe alguns exemplos:
Cartão vermelho – denúncia de falta grave no futebol.

   Charge do autor Tacho – exemplo de linguagem verbal (óxente, polo norte 2100) e não verbal (imagem: sol, cactus, pinguim).
 Placas de trânsito – à frente “proibido andar de bicicleta”, atrás “quebra-molas”.

  Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.

Imagem indicativa de “silêncio”.

  Semáforo com sinal amarelo advertindo “atenção”. 
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola
5. Acento Diferencial
   Na língua escrita, existem dois casos em que os acentos são utilizados para diferenciar palavras homógrafas (de mesma grafia). Veja:
a) pôde / pode
Pôde é a forma do pretérito perfeito do indicativo do verbo poder. Pode é a forma do presente do indicativo.Exemplos:
O ladrão pôde fugir.
O ladrão pode fugir.
b) pôr / por
Pôr é verbo e por é preposição. Exemplos:
Você deve pôr o livro aqui.
Não vá por aí!

Saiba que:
Para acentuar as formas verbais com pronome oblíquo em ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo), cada elemento deve ser considerado como uma palavra independente. Observe:
jogá-lo
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)

jogá-lo-íamos
jogá = oxítona terminada em a (portanto, com acento)
lo = monossílabo átono (portanto, sem acento)
íamos = proparoxítona (portanto, com acento)

Acento Grave
O acento grave usa-se exclusivamente para indicar a crase da preposição "a" com os artigos a, as e com os demonstrativos  a, as, aquele(s), aquela(s), aquilo: à, às, àquele(s), àquela(s), àquilo. Veja mais sobre este assunto em Sintaxe -> Emprego da Crase.
Ortoépia ou Ortoepia
A palavra ortoépia se origina da união dos  termos gregos orthos, que significa "correto" e hépos, que significa "palavra". Assim, a ortoépia se ocupa da correta produção oral das palavras.
Preceitos:
1) A perfeita emissão de vogais e grupos vocálicos, enunciando-os com   nitidez, sem acrescentar nem omitir  ou alterar fonemas, respeitando o timbre (aberto ou fechado) das vogais tônicas, tudo de acordo com as normas da fala culta.
2) A articulação correta e nítida dos fonemas consonantais.
3) A correta e adequada ligação das palavras na frase.
  Veja a seguir alguns casos frequentes de pronúncias corretas e errôneas, de acordo com o padrão culto da língua portuguesa no Brasil.

CORRETAS
ERRÔNEAS
adivinhar
advinhar
advogado
adevogado
apropriado
apropiado
aterrissar
aterrisar
bandeja
bandeija
bochecha
buchecha
boteco
buteco
braguilha
barguilha
bueiro
boeiro
cabeleireiro
cabelereiro
caranguejo
carangueijo
eletricista
eletrecista
empecilho
impecilho
estupro, estuprador
estrupo, estrupador
fragrância
fragância
frustrado
frustado
lagartixa
largatixa
lagarto
largato
mendigo
mendingo
meteorologia
metereologia
mortadela
mortandela
murchar
muchar
paralelepípedos
paralepípedos
pneu
peneu
prazerosamente
prazeirosamente
privilégio
previlégio
problemas
poblemas ou pobremas
próprio
própio
proprietário
propietário
psicologia, psicólogo
pissicologia, pissicólogo
salsicha
salchicha
sobrancelha
sombrancelha
superstição
supertição
Em muitas palavras há incerteza, divergência quanto ao timbre de vogais tônicas /e/ e /o/. Recomenda-se proferir:
Com timbre aberto: acerbo, badejo, coeso, grelha, groselha, ileso, obeso, obsoleto, dolo, inodoro, molho (feixe, conjunto), suor.

Com timbre fechado: acervo, cerda, interesse (substantivo), reses, algoz, algozes, crosta, bodas, molho (caldo), poça, torpe.
Prosódia
   A prosódia ocupa-se da correta emissão de palavras quanto à posição da sílaba tônica, segundo as normas da língua culta. Existe uma série de vocábulos que, ao serem proferidos, acabam tendo o acento prosódico deslocado. Ao erro prosódico dá-se  o nome de silabada. Observe os exemplos.
1) São oxítonas:
condor
novel
ureter
mister
Nobel
ruim

2) São paroxítonas:
austero
ciclope
Madagáscar
recorde
caracteres
filantropo
pudico(dí)
rubrica

3) São proparoxítonas:
aerólito
lêvedo
quadrúmano
alcíone
munícipe
trânsfuga

   Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo na língua culta. Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronúncia dada é a mais utilizada na língua atual.
acrobata - acróbata
réptil - reptil
Bálcãs - Balcãs
xerox - xérox
projétil - projetil
zangão - zângão

6. Para mim ou para eu

As duas hipóteses existem na língua portuguesa e estão corretas. Contudo, devem ser usadas em situações diferentes. A expressão para eu deverá ser usada quando assume a função de sujeito. A expressão para mim deverá ser usada quando assume a função de objeto indireto.

Sendo eu um pronome pessoal reto e mim um pronome pessoal oblíquo tônico, as regras de utilização de para eu e para mim seguem as regras de utilização dos pronomes pessoais retos e dos pronomes pessoais oblíquos tônicos.

Para eu

Pronomes pessoais retos:
Eu – 1ª pessoa do singular
Tu – 2ª pessoa do singular
Ele, ela – 3ª pessoa do singular
Nós – 1ª pessoa do plural
Vós – 2ª pessoa do plural
Eles, elas - 3ª pessoa do plural

Os pronomes pessoais retos devem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de sujeito. Assim, a expressão para eu deverá ser usada quando assume a função de sujeito, sendo seguida de uma ação, ou seja, de um verbo no infinitivo.

Exemplos:
·         Veja se tem algum erro para eu corrigir.
·         Para eu fazer isso, vou precisar da tua ajuda.
·         Façam silêncio para eu telefonar para este cliente.

Para mim

Pronomes pessoais oblíquos tônicos:
Mim, comigo – 1ª pessoa do singular
Ti, contigo – 2ª pessoa do singular
Ele, ela, si – 3ª pessoa do singular
Nós, conosco – 1ª pessoa do plural
Vós, convosco – 2ª pessoa do plural
Eles, elas, si - 3ª pessoa do plural

Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são sempre precedidos de uma preposição e devem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto indireto. Assim, a expressão para mim deverá ser usada quando assume a função de objeto indireto.

Exemplos:
·         Você comprou este caderno para mim?
·         Esse pijama é para mim e não para minha irmã.
·         Vocês podem fazer isso para mim?
7.
Homônimos
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas significados diferentes. Veja alguns exemplos no quadro abaixo:
acender (colocar fogo)
ascender (subir)
acento (sinal gráfico)
assento (local onde se senta)
acerto (ato de acertar)
asserto (afirmação)
apreçar (ajustar o preço)
apressar (tornar rápido)
bucheiro (tripeiro)
buxeiro (pequeno arbusto)
bucho (estômago)
buxo (arbusto)
caçar (perseguir animais)
cassar (tornar sem efeito)
cegar (deixar cego)
segar (cortar, ceifar)
cela (pequeno quarto)
sela (forma do verbo selar; arreio)
censo (recenseamento)
senso (entendimento, juízo)
céptico (descrente)
séptico (que causa infecção)
cerração (nevoeiro)
serração (ato de serrar)
cerrar (fechar)
serrar (cortar)
cervo (veado)
servo (criado)
chá (bebida)
xá (antigo soberano do Irã)
cheque (ordem de pagamento)
xeque (lance no jogo de xadrez)
círio (vela)
sírio (natural da Síria)
cito (forma do verbo citar)
sito (situado)
concertar (ajustar, combinar)
consertar (reparar, corrigir)
concerto (sessão musical)
conserto (reparo)
coser (costurar)
cozer (cozinhar)
esotérico (secreto)
exotérico (que se expõe em público)
espectador (aquele que assiste)
expectador (aquele que tem esperança, que espera)
esperto (perspicaz)
experto (experiente, perito)
espiar (observar)
expiar (pagar pena)
espirar (soprar, exalar)
expirar (terminar)
estático (imóvel)
extático (admirado)
esterno (osso do peito)
externo (exterior)
estrato (camada)
extrato (o que se extrai de algo)
estremar (demarcar)
extremar (exaltar, sublimar)
incerto (não certo, impreciso)
inserto (inserido, introduzido)
incipiente (principiante)
insipiente (ignorante)
laço (nó)
lasso (frouxo)
ruço (pardacento, grisalho)
russo (natural da Rússia)
tacha (prego pequeno)
taxa (imposto, tributo)
tachar (atribuir defeito a)
taxar (fixar taxa)
Homônimos Perfeitos
Possuem a mesma grafia e o mesmo som.
Por Exemplo:
Eu cedo este lugar para a professora. (cedo = verbo)
Cheguei cedo para a entrevista. (cedo = advérbio de tempo)
Atenção:
Existem algumas palavras  que possuem a mesma escrita (grafia), mas a pronúncia e o significado são sempre diferentes. Essas palavras são chamadas de homógrafas e são uma subclasse dos homônimos.Observe os exemplos:
almoço (substantivo, nome da refeição)
almoço (forma do verbo almoçar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)

gosto (substantivo)
gosto (forma do verbo gostar na 1ª pessoa do sing. do tempo presente do modo indicativo)
8.

Homonímia

A homonímia se caracteriza como o fenômeno no qual as palavras têm significados e funções diferentes, porém possuem a mesma estrutura fonológica, os mesmos fonemas e a mesma acentuação. Graças ao papel do contexto, é possível que a homonímia exista sem prejuízos para a comunicação, pelo fato de o contexto ser capaz de dar o sentido correto às palavras em que ocorre o fenômeno.
Os homônimos dividem-se em três tipos:

Homógrafas: Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia

Exemplos:
a. este (pronome), este (ponto cardeal)
b. governo (substantivo), governo (verbo)

Homófonas: Iguais na pronúncia, porém diferentes na escrita e no significado.

Exemplos:
a. cheque (ordem de pagamento), xeque (lance de xadrez)
b. viagem (substantivo), viajem (flexão do verbo viajar)

Homônimos perfeitos: Iguais na escrita e na pronúncia.

Exemplos:
a. verão (flexão do verbo ver), verão (substantivo)

b. banco (instituição financeira), banco (assento)

Tipos de discursos/ Discurso Poético

Tipos de Discursos Discurso  é a prática humana de construir textos, sejam eles escritos ou orais. Sendo assim, todo discurso é uma pr...